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segunda-feira, 17 de junho de 2013

Fallen Angel: Capítulo 1

     Como já havia dito, hoje estreia a minha primeira historia aqui no Dark Fanfiction!! (Palmas hahahaha). Espero que gostem! *-* Bora ler? Banner feito por: Style Design

      "Quando a gente perde alguém ele fica com a gente, para lembrar sempre como é fácil se magoar." The Vampire Diaries.


   Observo a chuva pesada cair como se fossem espadas afiadas em uma grande encruzilhada do século XII, tão fria quanto a neve encrustada em meus tênis antigos e gastos. Posso sentir o cheiro embriagante de terra molhada que o pequeno jardim a minha frente exala, as belas flores aos poucos vão sendo destruídas pelas grandes gostas de água limpa, o vento frio me envolve como um solitário e doloroso lençol de maneira que possa sentir meus músculos travados por conta do próprio. Ainda assim não ouso me mover.
     A mais de cinco meses eu e meus pais sofremos um acidente de carro inexplicável e irreversível, eles não tiveram tempo de nem ao menos dizer adeus, ambos os dois morreram, e de alguma maneira estranha eu sobrevivi. Mas esse não é meu maior problema agora, de alguma maneira estranha, depois do acidente passei a ter pesadelos conturbados com relação aos meus pais mortos, e como se não bastasse como explicar a mesma visão continua que todos as noites tenho? 
    Abaixo meus olhos para a pequena folha no qual desenhei a silhueta na qual venho prevendo a meses - dois para ser mais exata - era difícil dizer quem era apenas que era um rapaz de aproximadamente dezessete anos e que de alguma forma veio parar nesse orfanato melancólico! 
   Desde o acidente vim para no orfanato "Lost in the Shadow", apesar de ser um tanto deprimente é um belo lugar, para quem gosta de casas vitorianas do século XVII ou antigos castelos mal assombrados, apesar de tudo nenhum de nós tivemos escolhas para estar aqui. No meu caso, ninguém queria me aguentar fechada em um quarto vinte e quatro horas! 
   - Lauren! - exclama Carrie, á única órfã que fez amizade comigo, já que todos me consideram como a desenhista esquisita. - Ainda bem que te achei! Ficou doida? Se te pegarem ai você terá graves problemas!
  Acabei rindo baixinho, ela estava sendo exagerada afinal nenhum dos inspetores dariam uma bronca por não estar disposto a ir á aula. 
  - Sei, sei. - resmungo puxando meu capuz e enfiando meu desenho no bolso de minha blusa de moletom velha, caminhei correndo pela a chuva ate chegar ao grande patio que era o refeitório. Nele havia varias mesas retangulares de mármore branco reluzindo como ouro diante do piso escuro e manchado de tinta, as paredes velhas e decrepitas estão caindo aos "pedaços", por tanto seu único charme ali presente é o jardim que agora florescia por conta da primavera - O que foi que aconteceu?
  Ela franziu os lábios que tinham um excêntrico batom vermelho e cruzou os braços, seus olhos castanhos meio dourados desviam de meu rosto e pousam no assoalho de pedra que o jardim tem, a avalio com meus olhos desconfiada, seus cabelos ruivos estão presos em um coque mal feito que parece reluzir contra a cor pálida de sua pele.
  - O que aconteceu dessa vez? - questionei hesitando.
  - Sarah quer falar com você... - ela resmunga com um certo tom de preocupação na voz, os olhos voltados finalmente para meu rosto. 
  - Sarah a diretora? - perguntei gaguejando, temendo descobrir o que eu aprontei dessa vez. 
  - A primeira e única! - exclama uma voz estranhamente conhecida atrás de mim. 
  Me viro lentamente e sinto a surpresa tomar conta de toda a minha expressão ao me deparar com a própria em minha frente, seus olhos azuis mantendo a autoridade de um imponente general. Sarah não fazia muito o estilo de diretora amiga, todavia também não fazia o estilo de diretora mandona. Ela era o que poderíamos chamar de meio termo, contudo raramente saia de sua sala sendo assim eu estava completamente encrencada! Seus longos cabelos castanhos ruivos estavam presos em um rabo de cavalo extremamente arrumado, deixam a mostra o rosto fino com pequenos traços quase iguais aos de uma fada. Ainda que pareçam frágeis sei muito bem que ela nem de longe é uma mulher indefesa!
  - Podemos conversar em particular? - questionou ela lançando um olhar sugestivo para Carrie que estava empoleirada em meus ombros escondendo o rosto em meio ao meu cabelo bagunçado e molhado por conta da chuva.
  Carrie soltou um pigarro agudo tentando parecer calma, contudo podia ver claramente em seus olhos a hesitação, quase medo. Ela disparou em direção da biblioteca desaparecendo no meio das paredes de pedras antigas. Sarah me avaliou de cima a baixo e soltou um suspiro pesado, os lábio comprimidos em uma fina linha rígida, todavia não conseguia identificar o que ela estava sentindo naquele momento, não havia nada, nenhuma expressão, nenhum olhar de desaprovação nem de reconfortante, absolutamente nada.  
  - E então sobre o que está querendo falar comigo? - indaguei enquanto andávamos pelos corredores sombrios que dirigiam a entrada principal  do orfanato.
  - Você tem matado as aulas durante esses últimos dias? - questionou ela com um tom de desaprovação inundando sua voz.
  - Achei que não fazia diferença faltar ou não... - disse tentando manter a voz controlada para não revelar o sarcasmo explicito que minha voz contia.
  - Não tem problemas Lauren, não durante os dois primeiros meses, contudo acredito que você já deve ter superado a questão de que perdeu seus pais. - ela disse, a voz impenetrável. Estremeci quando a ouvir dizer que supostamente teria aceitado o fato de que meus pais morreram.
   Suspirei pesadamente, controlando a onda de raiva e dor que ameaçava se espalhar por minhas feições.
   - E então, a onde quer chegar com isso? - perguntei cruzando meus braços sobre o peito.
   Ela me lançou um breve olhar de advertência e então franziu a testa.
    - Você não pode faltar mais, ou se não serei obrigada a pedir que o orientador tenha uma longa conversa com você, sobre remoer questões passadas. - disse ela com um breve sorriso nos lábios embora seus olhos estejam sérios e impenetráveis assim como uma pedra.
    Estávamos próximo do portão principal quando uma figura estranha me chamou atenção, algo nela me era extremamente familiar, como se a tivesse visto varias e varias vezes seguidas em repetições continuas e cansativas! Pude ver os ombros largos e esguios, com músculos aparentemente  magros e definidos de mais para alguém de sua idade - acredito eu - sobre um longo sobretudo preto de veludo, usava um jeans preto meio rasgado. Senti meus olhos saltarem se esbugalhando em meu rosto, minha boca se escancarou formando um deformado O encanto fitava ainda atordoada o rapaz... Ele era a mesma pessoa que aparece em meu sonhos, como se fossem sinais remotamente ligados ao acidente envolvendo meus pais!
   O rapaz olhou por cima de seus ombros largos fitando-me intensamente por poucos segundos. Seus olhos esverdeados pareciam querer dizer "Perigo, mantenha distancia!".
   - Este é Trevor Walker, um novo aluno. - disse Sarah seguindo meu olhar. - Só lhe peço um favor Lauren, mantenha distancia desse garoto. - seu tom de voz severo me fez encolher. Assenti em um "sim" quase imperceptível enquanto ainda assustava fitava o aluno novo, o tal Trevor.
  A unica pergunta que martelava em minha mente era: "Quem era ele?".

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Larissa Pierce. Tecnologia do Blogger.